Veronica Yoko Plebani era uma adolescente como tantas outras da sua idade, sempre apaixonada por esporte até que um caso agudo de meningite bacteriana tranformou completamente a sua realidade quando ela tinha 15 anos.
Entre abril e novembro de 2011, a italiana conviveu com internações. Ela conseguiu vencer a doença, mas perdeu as falanges das mãos e dos pés, além de inúmeras cicatrizes espalhadas por todo o corpo.
Porém, se essas dificuldades seriam motivos para uma vida reclusa, Veronica Yoko Plebani fez diferente, se tornou uma atleta paralímpica respeitada e passou ser voz ativa do movimento Body Positive. “A inclusão pode salvar vidas e precisamos trabalhar nisso!”, afirmou em entrevista ao #VogueGente.
“Nos primeiros meses fora do hospital, voltei a me dedicar aos esportes, que era algo que eu já era apaixonada antes, e as atividades me mostraram quantas coisas incríveis meu corpo ainda poderia fazer e, de alguma forma, isso me trouxe uma autovalorização ainda maior”, completou.
Antes da meningite, Veronica era atleta de snowboard. Ela chegou a representar a Itália nos Jogos de Inverno de Sochi-2014 após a sua recuperação. Na sequência, ela trocou a neve pela água e esteve nos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro no caiaque.
“O Rio tem um pedaço do meu coração. Tenho muitas boas memórias sobre o Brasil, porque foi uma experiência extraordinária para mim, mas o que me faz sentir ‘saudades’ é o espírito das pessoas, a atitude positiva na pior situação e a alegria que você pode sentir em torno de você com a música em todos os cantos da cidade e todos os sorrisos do povo”, relembrou.
Só que a Veronica Yoko Plebani não parou por aí. Em 2017, ela resolveu se aventurar em uma nova modalidade: o paratriatlo. Os resultados já chegaram com a conquista de duas medalhas de ouro no Campeonato Nacional de Paratriathlon ITA 2017 e na Copa Mundial de Paratriathlon 2017 da Besancon ITU. E tudo isso sem deixar o curso de ciências políticas na Universidade de Bolonha.
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