Para os amantes de esportes olímpicos
Início » Na pista » Quarteto brasileiro recebe bronze por revezamento 4×100 rasos de Pequim-2008

Quarteto brasileiro recebe bronze por revezamento 4×100 rasos de Pequim-2008

Sandro Viana, José Carlos Moreira (Codó), Vicente Lenílson e Bruno Lins finalmente receberam a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. A equipe do 4x100m rasos subiu ao pódio em cerimônia realizada no Museu Olímpico, em Lausanne, na Suíça.

O bronze do time brasileiro foi confirmado após a Jamaica perder a medalha de ouro por Nesta Carter ter sido flagrado em exame antidoping. A equipe de Trinidad & Tobago ficou com a conquista dourada e o Japão herdou a prata.

Siga o Olimpitacos no Instagram

O quarteto ficou muito emocionado com os aplausos dos presentes. “A ficha não tinha caído ainda. Depois que colocaram a medalha, eu a olhei, passou um filme na minha cabeça e as lágrimas vieram. Foi um choro de felicidade, de ser reconhecido como um medalhista olímpico. Pequim 2008 foi minha primeira participação em Jogos, foi especial e único. Gostaria de agradecer a todos os brasileiros que sempre torceram por nós. É um momento mágico na nossa vida. Agora somos, realmente, medalhistas olímpicos, finalmente com nossa medalha em mãos”, declarou Bruno Lins.

Vicente Lenílson, que também tem no currículo a prata de Sydney-200 na mesma prova, afirmou que medalha é sinônimo de justiça: “Me passou um filme de tudo que tive que fazer de treino, de renúncia, de dedicação, de ausência da família para estar nos Jogos de Pequim. Subir ao pódio olímpico é mágico. Eu estive em 2000, mas hoje não senti diferença dessa sensação. Não é só estar no estádio, é receber o que é seu por direito. Agora, estou num patamar acima. Poucos têm uma medalha olímpica, e menos ainda tem duas. Agora eu cuido de um projeto social, devolvendo um pouco do que o atletismo me deu”.

José Carlos Moreira, conhecido como Codó, foi outro medalhista que analisou o momento. “É uma sensação maravilhosa, inexplicável, medalha olímpica é diferente de tudo. Fiquei congelado ali em cima na hora de receber a medalha. Agradeço muito ao Comitê Olímpico do Brasil, à Confederação Brasileira de Atletismo que também fazem parte disso. Essa medalha não é só minha, é do Brasil, da minha família, dos meus treinadores, de todos que estiveram comigo até esse momento. Simplesmente desejo a todos os atletas que se dediquem, que treinem, que deem o seu melhor para chegar a um momento como esse, épico e único”, declarou.

“Tudo que eu fiz foi me dedicar ao esporte nos últimos 20 anos. Quando saí de Manaus, vendi tudo para me tornar um atleta. Só pensava em fazer o meu melhor todos dias até chegar aos Jogos Olímpicos. Quando tive contato com o universo olímpico, minha vida mudou. De lá pra cá, a única coisa que eu fiz foi cultivar o esporte olímpico da melhor maneira possível, através do meu exemplo de vida. Já era um atleta muito satisfeito, muito realizado com o quarto lugar. E quando veio essa notícia, tudo mudou na minha vida. Veio uma explosão de emoções onde passado, presente e futuro acabaram se misturando”, completou Sandro Viana.

Gisèle de Oliveira

Jornalista apaixonada por esportes desde sempre, foi correspondente internacional do “Diário Lance!” na Austrália, quando cobriu os preparativos para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e editora do jornal no Rio de Janeiro, trabalhou na “Gazeta Esportiva” e foi colaboradora de especiais da revista “Placar”, entre outras experiências fora do universo esportivo. Mineira de nascimento, paulistana de coração, é torcedora inabalável de Rafael Nadal, Michael Phelps, Messi e Rafaela Silva. Adora tênis, natação, judô, vôlei, hipismo e curling (sim, é verdade). Sagitariana e são-paulina teimosa, agradece por ter visto a Seleção de futebol de 82 de Telê, o São Paulo também do mestre Telê, o Barcelona de Guardiola e a Seleção de vôlei de Bernardinho em seu auge. Ah, chora em conquistas esportivas, e não apenas de brasileiros.

1 comentário

  • Em cerimonia na sede do COI, brasileiros do revezamento ganham medalha herdada apos doping do jamaicano Nesta Carter Foram onze anos de uma espera que chegou ao fim nesta quinta-feira. O Brasil recebeu a medalha de bronze do revezamento 1 rasos masculino da Olimpiada de Pequim 2008, herdada apos o doping do jamaicano Nesta Carter. Em cerimonia na sede do Comite Olimpico Internacional, na cidade suica de Lausanne, Jose Carlos “Codo” Moreira, Sandro Viana e Bruno Lins entraram para o seleto grupo de brasileiros medalhistas olimpicos, e Vicente Lenilson colocou no peito sua segunda medalha – ele foi prata tambem no 1 de Sydney 2000.