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Nova quadra de Roland Garros homenageia bicampeã de Paris e ativista na 2ª Guerra Mundial

Considerado por muitos como o Grand Slam mais charmoso do circuito, Roland Garros passa por um momento de modernização. Além da reforma na Philippe Chatrier, quadra principal do torneio que ainda não terá tetro retrátil para esta edição, o público poderá desfrutar de muitas novidades, como a inauguração da Simonne-Mathieu.

O novo espaço, que será a terceira quadra em importância, foi batizado em homenagem a uma ex-tenista francesa. Simonne-Mathieu é bicampeã em Roland Garros, além de ter conquistado três títulos em Paris em 1938 (simples, duplas e duplas mistas).

“Esta inauguração reconcilia o antigo e o moderno. Simonne Mathieu foi acima de tudo uma grande campeã, tão perseverante quanto Roland Garros. Depois de seis finais perdidas, ela ganhou duas vezes em simples, 1938 e 1939, alcançando um feito sem precedentes em 1938 ao vencer simples, duplas e duplas mistas”, declarou Bernard Giudicelli, presidente da Federação Francesa de Tênis (FFT), durante a inauguração da quadra.

A nova quadra conta com uma arquibancada para 5 mil pessoas, mas se destaca mesmo é por ser rodeada por estufas com vidros transparentes, onde estão coleções de plantas da América do Sul, África, Ásia e Oceania.

A carreira vitoriosa de Simonne em Paris foi interrompida pela 2ª Guerra Mundial. Em 1940, a Alemanha e a Itália invadiram a França e acabaram ocupando Paris. Na época, a tenista competia nos Estados Unidos e voltou para a sua terra natal para virar referência na luta contra o nazismo. A bicampeã de Roland Garros fundou o Corpo Feminino de Voluntárias Francesas, que ajudou a libertar o território francês.

Mathieu, que morreu em 1980, conquistou 13 títulos de Grand Slam durante a carreira. Ela é a segunda tenista mais premiada da França, fica atrás apenas de Suzanne Lenglen, que também dá nome a uma quadra em Roland Garros.

Gisèle de Oliveira

Jornalista apaixonada por esportes desde sempre, foi correspondente internacional do “Diário Lance!” na Austrália, quando cobriu os preparativos para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e editora do jornal no Rio de Janeiro, trabalhou na “Gazeta Esportiva” e foi colaboradora de especiais da revista “Placar”, entre outras experiências fora do universo esportivo. Mineira de nascimento, paulistana de coração, é torcedora inabalável de Rafael Nadal, Michael Phelps, Messi e Rafaela Silva. Adora tênis, natação, judô, vôlei, hipismo e curling (sim, é verdade). Sagitariana e são-paulina teimosa, agradece por ter visto a Seleção de futebol de 82 de Telê, o São Paulo também do mestre Telê, o Barcelona de Guardiola e a Seleção de vôlei de Bernardinho em seu auge. Ah, chora em conquistas esportivas, e não apenas de brasileiros.

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