Se tiver que apostar em alguém para vencer os 50 metros livre no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo disputado em Gwangju, Coreia do Sul, o ex-nadador e medalhista olímpico Fernando Scherer, o Xuxa, sabe exatamente em quem apostar suas fichas, e elas vão todas para Bruno Fratus. Dono das três melhores marcas do ano na distância – 21s31, 21s42 e 21s47 –, Fratus é um dos favoritos para bater em primeiro na prova mais rápida da natação, e terá entre seus principais rivais o atual campeão mundial, o norte-americano Caeleb Dressel, que fez 21s15 em 2017, e o britânico Benjamin Proud, bronze em Budapeste e que registrou os quatro melhores tempos no passado (21s11, 21s16, 21s30 e 21s34).
“O Fratus chega arrebentando, mostrando o que sempre achei e acreditei nele: a parte da superação, determinação, resiliência, de muita garra. Passou por uma cirurgia no ombro e já está aí voando, melhor marca do mundo em 2019, com tempos espetaculares. Agora é continuar com a cabeça no lugar, que é uma coisa que ele tem mesmo, e continuar os treinos. E torcer para que o Bruno consiga aí não apenas sua medalha no Campeonato Mundial, mas a medalha de ouro”, afirmou Scherer, dono de dois bronzes, nos 50m livre na Olimpíada de Atlanta-1996 e no revezamento 4x100m livre em Sydney-2000, ao Olimpitacos durante evento em São Paulo.
E é justamente o revezamento 4x100m livre a outra aposta de medalha feita por Xuxa. “Acho que o revezamento está muito inteiro, muito sólido. Temos aí quatro, cinco, seis nadadores sólidos para nadar na casa dos 48 segundos, temos dois ou três já nadando na casa dos 47 segundos. Então, eu acredito que se o Brasil fizer essa média no Mundial e nos Jogos Olímpicos tem grande chance de medalha de ouro nas duas competições”, avaliou.
No entanto, a equipe brasileira do revezamento, que pula na piscina já neste sábado à noite (horário de Brasília) no primeiro dia de disputa das provas de natação no Mundial, sofreu um revés pouco mais de 24 horas antes de cair na água. Gabriel Santos foi punido com uma suspensão de oito meses por não ter passado em um exame antidoping, em maio deste ano. Com a decisão, o nadador de 23 anos ficará fora não só da competição na Coreia do Sul como dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Medalhista de prata com o revezamento em Budapeste, em 2017, e ouro no Pan-Pacífico de Tóquio, em 2018, Gabriel testou positivo para o anabolizante sintético clostebol. Como a pena é retroativa à data que o teste foi feito, Gabriel poderá voltar a competir em janeiro e estará apto para competir na Olimpíada de Tóquio.
Além de Fratus e do revezamento, vale a pena ainda ficar de olho nos jovens Fernando Scheffer, Breno Correia, Pedro Spajari e Caio Pumputs e nos experientes Felipe Lima, Nicholas Santos, Marcelo Chierighini e João Gomes Junior. No feminino, o Brasil contará apenas com duas atletas: Etiene Medeiros e Viviane Jungblut.
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