Para os amantes de esportes olímpicos
Início » Água » Cesar Cielo relembra episódio de doping e faz mistério sobre Tóquio-2020

Cesar Cielo relembra episódio de doping e faz mistério sobre Tóquio-2020

Único campeão olímpico do Brasil na natação, Cesar Cielo vive uma indefinição sobre o seu futuro. O recordista mundial dos 50 m e 100 m livres, tempos estabelecidos ainda em 2009, não renovou contrato com o Pinheiros e agora treina por conta própria na piscina do Centro Olímpico de São Paulo, além de realizar clínicas por várias cidades do Brasil e da América do Sul.

No entanto, isso não quer dizer que Cielo se considere aposentado. Em entrevista ao programa Grande Círculo, do SporTV, Cielo fez mistério sobre uma possível participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em 2016, ele não conseguiu a classificação para a edição do Rio de Janeiro.

“Querer eu quero. Meu lado competitivo vai sempre querer, mas também tem o meu lado pessoal, que sabe o tamanho desse caminho para chegar até lá. Eu sei o tanto que eu me dediquei para ganhar as medalhas que eu ganhei, então é difícil. Não sei se quero percorrer esse caminho de novo, se tenho gás e vontade, essa obsessão que já tive. É o que estou me questionando nesse momento”, declarou.

Brasileiro com maior número de medalhas em campeonatos mundiais entre todos os esportes – são 18 conquistas entre piscinas curtas e longas, o paulista de Santa Bárbara D´Oeste relembrou o polêmico episódio de doping em 2011. Ele testou positivo para furosemida, um substância diurética, após a disputa do Troféu Maria Lenk daquele ano, um mês antes da disputa do Mundial de Xangai.

Cielo acabou levando apenas uma advertência da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) após alegar contaminação cruzada em laboratório que manipulava um dos seus suplementos.

“Tenho orgulho de falar que eu treinei muito, ralei muito, sofri muito para chegar onde eu cheguei e na época isso me abateu muito (a notícia do doping). Um mês antes do Mundial eu perdi 5 quilos, não conseguia dormir. Foi o maior desafio da minha vida. Eu estava me sentindo desafiado, me questionava “agora vamos ver se eu sou bom de verdade”, “agora eu vou mostrar para todo mundo que podem tentar me bater, mas mesmo assim não vão ganhar”, afirmou.

Mesmo com toda a polêmica, Cielo confirmou o favoritismo na China e ganhou o ouro nos 50 m livre e nos 50 m borboleta.

Gisèle de Oliveira

Jornalista apaixonada por esportes desde sempre, foi correspondente internacional do “Diário Lance!” na Austrália, quando cobriu os preparativos para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e editora do jornal no Rio de Janeiro, trabalhou na “Gazeta Esportiva” e foi colaboradora de especiais da revista “Placar”, entre outras experiências fora do universo esportivo. Mineira de nascimento, paulistana de coração, é torcedora inabalável de Rafael Nadal, Michael Phelps, Messi e Rafaela Silva. Adora tênis, natação, judô, vôlei, hipismo e curling (sim, é verdade). Sagitariana e são-paulina teimosa, agradece por ter visto a Seleção de futebol de 82 de Telê, o São Paulo também do mestre Telê, o Barcelona de Guardiola e a Seleção de vôlei de Bernardinho em seu auge. Ah, chora em conquistas esportivas, e não apenas de brasileiros.

Adicionar comentário