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Vida longa ao rei Roger Federer

Deu a lógica. Ainda na Austrália, Roger Federer anunciou que o seu principal objetivo na temporada era conquistar o título de Wimbledon pela oitava vez na carreira. Neste domingo, dia 16, o suíço bateu o croata Marin Cilic por 3 sets a 0 (6-3, 6-1 e 6-4) na grama sagrada de Londres e se tornou o tenista mais velho a vencer o torneio na Era Aberta. Ele completa 36 anos no próximo dia 8 de agosto.

Para garantir seu 19º Slam, Federer abriu mão da temporada de saibro, incluindo a disputa de Roland Garros. Ele afirmou que não teria chances contra Rafael Nadal na terra batida de Paris e que precisava se preparar bem para ter chances de realizar o sonho de superar Pete Sampras e suas sete conquistas no All England Club.

No primeiro torneio na grama, um susto, acabou eliminado para o veterano Tommy Haas, número 302 do ranking da ATP, na segunda rodada em Stuttgart. A primeira derrota em estreia no seu piso favorito desde 2002 serviu para retomar a concentração, comprovada com o título tranquilo em Halle na sequência.

Nas duas semanas do Major britânico, os fãs puderam desfrutar de uma das melhores versões de Roger Federer. O suíço deu show de talento e mostrou todo o seu repertório, principalmente suas direitas indefensáveis. Na decisão, as bolhas no pé esquerdo de Cilic fizeram com que o tenista da Basileia não precisasse ser brilhante para coroar a campanha dos sonhos, sem ceder um set sequer aos rivais durante toda a competição.

A lesão do rival fez com que a comemoração fosse discreta. Porém, ele não conseguiu segurar a emoção. Diante de uma quadra central lotada, chorou e tentou esconder as lágrimas cobrindo o rosto com uma toalha.

“Chegar ao oitavo título é muito especial. Wimbledon sempre foi e sempre será o meu torneio favorito. Meus heróis estiveram nessas quadras e, por causa deles, eu me tornei um jogador melhor. Fazer história em Wimbledon realmente significa muito para mim”, declarou após o título.

Mirka Federer e os quatro filhos do casal acompanhavam orgulhosos a conquista do papai Federer. Em uma temporada surpreendente, ele já é o terceiro colocado do ranking mundial. Além de Wimbledon, venceu o Aberto da Austrália e os Masters 1000 de Indian Wells e Miami.

Sem ter pontos para defender no circuito a partir de agora, o suíço, que não perdeu de nenhum rival abaixo do top 100 na temporada, pode sonhar em voltar a ser número 1 do mundo. No entanto, ele já avisou que esse não é o seu objetivo e que jogará menos caso entenda que seja necessário para que se mantenha em alto nível e na briga por troféus.

E a aposentadoria? Federer afirmou que pretende defender o seu título em Wimbledon em 2018 e quem sabe jogar até os 40 anos. Alguém duvida?

Gisèle de Oliveira

Jornalista apaixonada por esportes desde sempre, foi correspondente internacional do “Diário Lance!” na Austrália, quando cobriu os preparativos para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e editora do jornal no Rio de Janeiro, trabalhou na “Gazeta Esportiva” e foi colaboradora de especiais da revista “Placar”, entre outras experiências fora do universo esportivo. Mineira de nascimento, paulistana de coração, é torcedora inabalável de Rafael Nadal, Michael Phelps, Messi e Rafaela Silva. Adora tênis, natação, judô, vôlei, hipismo e curling (sim, é verdade). Sagitariana e são-paulina teimosa, agradece por ter visto a Seleção de futebol de 82 de Telê, o São Paulo também do mestre Telê, o Barcelona de Guardiola e a Seleção de vôlei de Bernardinho em seu auge. Ah, chora em conquistas esportivas, e não apenas de brasileiros.

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