Robert Scheidt desistiu da aposentadoria e vai tentar a classificação para os Jogos de Tóquio em 2020. O velejador de 45 anos garante estar bem e deseja competir na classe Laser em sua sétima Olimpíada consecutiva.
“Comecei a criar esse pensamento em setembro, quando comecei a treinar com outros estrangeiros. Velejei em alto nível, meu corpo reagiu bem. Venho aos poucos retomando os treinamentos e fazendo a preparação física específica. Ao invés de treinar três horas e meia, será um pouco menos, mas com mais qualidade. Terei de lidar com dores, inevitavelmente, mas sei que o mental puxa muito o físico. Espero surpreender positivamente”, declarou.
O bicampeão olímpico garante estar bem para tentar a vaga: “Eu ainda me divirto muito velejando e acredito que posso ser competitivo. Isso é fundamental para esse projeto. Não vai ser fácil, teremos alguns altos e baixos, mas acho que tenho chances de brigar pela vaga e tentar disputar mais uma Olimpíada. Não tenho nenhuma lesão que me impeça de competir. O importante é aprender qual o tipo de dor está sentindo”.
A primeira participação de Scheidt foi em Atlanta em 1996, quando conquistou o ouro na Laser. Na mesma categoria, o velejador ainda foi prata em Sydney-2000 e ouro em Atenas-2004.
Nos Jogos de Pequim em 2008, o paulista mudou para a classe star e ficou em segundo lugar. Ele competiu na mesma categoria em Londres-2012, quando foi bronze. Para o Rio de Janeiro, Scheidt resolveu retornar para a laser e terminou na quarta colocação.
Aos 45 anos, Scheidt garante que terá fôlego para a disputa. “Idade não é impeditivo, tenho que usar a experiência que adquiri em todos esses anos. Claro que a preparação terá de ser diferente, terei de ser inteligente”, argumentou.
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