Tobias Thorning Jorgensen é um dos principais nomes do adestramento de grau III nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. No entanto, os planos do dinamarquês de 21 anos após a competição estão longe do esporte. Ele quer ajudar a melhorar o sistema prisional do seu país.
“Quero trabalhar na reforma de criminosos e ajudá-los com suas vidas depois que saírem da prisão”, analisou em entrevista ao Comitê Paralímpico Internacional.
“Sempre tive interesse em mudar a vida das pessoas. Na Dinamarca, sinto que deixamos as pessoas saírem da prisão, damos a elas algum dinheiro, mas sem emprego e sem casa, e então elas simplesmente voltam ao que sabem, o que é perigoso ”, completou.
Para poder se preparar melhor para a função, Jorgensen pretende estudar sociologia. Apesar de jovem, ele tem ideias claras de soluções como adaptações personalizadas de cadeiras de rodas até abordagens iluminadas para combater o crime e a reincidência.
A carreira do dinamarquês no esporte começou cedo. Aos seis anos, ele começou a cavalgar. No entanto, a mudança para o paradestramento só aconteceu no começo da adolescência após um diagnóstico de miopatia, uma doença que enfraquece os músculos.
Jorgensen chega a Tóquio com o status de quem ganhou duas medalhas de ouro no Campeonato Europeu de 2019, mas de quem também viu a mãe deixar a medalha escapar na Paralimpíada por pouco nas edições de Londres-2012 e Rio-2016. Line Thorning Jorgensen também era competidora do hipismo.
“Temos falado muito sobre a pressão, porque ela entrou como favorita a ganhar uma medalha e não correspondeu as expectativas porque a pressão a atingiu”, analisou.
“Também conversei com uma psicóloga do esporte sobre como preciso ir lá só pensando no meu corpo, sentindo os movimentos do cavalo, em vez de apenas tentar colocar uma parede de tijolos ao meu redor. Mas se eu conseguir uma medalha, é quase dela também, porque ela esteve lá me apoiando durante toda a minha vida”, finalizou.
Jorgensen vai competir na próxima sexta-feira, 27, às 7h14.
*Crédito da foto: Liz Gregg/FEI
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