O Brasil aceitou as doses doadas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e vai vacinar toda a delegação brasileira que estará em Tóquio para a disputa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos a partir da próxima sexta-feira.
Em coletiva realizada nesta terça-feira em Brasília, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), o Ministério da Defesa, o Ministério da Saúde e o Ministério da Cidadania detalharam como será o processo de vacinação. A 2ª dose deverá ser aplicada até o dia 21 de junho, 15 dias antes do primeiro embarque para o Japão e a 33 dias da abertura da Olimpíada.
O COI vai repor as doses aplicadas e ainda enviar imunizantes para mais duas pessoas do Brasil a cada vacina aplicada na delegação olímpica. A previsão é que 1.8000 pessoas representem o país em Tóquio e receba a vacina. Com isso, o Brasil deve receber 7 mil doses adicionais.
“O COB sempre se posicionou a favor de seguir o Plano Nacional de Imunização. Além disso, só abrimos conversas sobre a possibilidade de imunizar a delegação quando confirmamos que, para cada atleta ou oficial vacinado, o país receberá mais duas doses para imunizar a população brasileira. Esta é uma grande contribuição do Movimento Olímpico neste momento tão difícil que o mundo enfrenta”, explicou La Porta, chefe de Missão do COB nos Jogos Olímpicos. “Mesmo sem a obrigatoriedade da vacina para a participação nos Jogos, não há dúvidas de que nos sentiremos mais seguros para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos”, completou.
A vacinação acontecerá em seis cidades: : Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O Ministério da Defesa será o responsável pela logística.
“Realizamos várias reuniões com o Ministério da Defesa para facilitar a logística das Forças Armadas. Por exemplo, o vôlei estará concentrado em Saquarema (RJ), e a ideia é que essa vacina vá até lá. Temos muitos atletas treinando no Centro de Treinamento Time Brasil nesse momento e, por isso, queremos usar também esse espaço como ponto de vacinação”, disse Paulo Wanderley, presidente do COB.
“O esporte tem essa capacidade de passar uma mensagem de esperança, de virada, nesse momento difícil pelo qual estamos passando. Ter os atletas protegidos dos sintomas mais graves e, ao mesmo tempo, beneficiar a população é algo muito vantajoso”, finalizou.
Os imunizantes aplicados serão o produzido pela Pfizer e a CoronaVac.
*Crédito da foto: Christian Dawes/COB
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