Aos 41 anos, Alex Garcia dedicou metade da vida para a seleção brasileira. Ao lado de grandes nomes, como Leandrinho, Anderson Varejão, Nenê Hilário e Thiago Splitter, o armador fez parte de uma geração que deixou o gostinho que podia mais.
“Os momentos tristes foram as várias vezes que a gente teve a chance de ficar entre os melhores do mundo, mas, no detalhe, a gente não conseguiu. Time a gente tinha, experiência internacional a gente tinha. No detalhe, a gente pecou e não chegou entre os quatro melhores do mundo. Essa aí é a minha maior decepção”, afirmou em entrevista a equipe de conteúdo da Betway.
“O basquete é muito no detalhe, você precisa estar muito bem mentalmente para poder resolver aquelas dificuldades de momento que pintam durante o jogo. É difícil falar agora o que deu errado. Em um Campeonato Mundial ou Olimpíada, em que o nível é muito alto, um vacilo ou erro técnico, faz a diferença. Essa geração fez o máximo que pode, conquistou o respeito mundialmente dos adversários”, completou.
Mesmo com passagens pela NBA por San Antonio Spurs e o New Orlean Hornets, o grande momento da carreira para Alex aconteceu com a camisa da seleção brasileira no Sul-Americano de 2011 em Mar Del Plata, na Argentina: “O momento mais alegre, mais feliz da minha carreira foi Mar Del Plata, quando a gente conquistou a vaga olímpica após algumas vezes batendo na trave. Fico muito feliz de fazer parte da seleção que conquistou isso”. Em Londres-2012, o basquete masculino do Brasil retornou aos Jogos após um hiato de 16 anos.
Agora, Alex espera disputar a terceira Olimpíada na carreira, mas sabe que a tarefa é difícil. O Brasil ainda não tem vaga garantida para Tóquio. A última chance será na disputa do Pré-Olímpico em junho na Croácia. A equipe treinada por Aleksandar Petrović terá pela frente os donos da casa, além da Tunísia. No outro grupo, Alemanha, Rússia e México. Apenas o campeão vai para a disputa no Japão.
Pela dificuldade, Alex acredita que a chave do sucesso passa pela mescla entre juventude e experiência que o treinador croata vem implementando. “Ele [Petrović] vem fazendo o certo com essa renovação, principalmente com essa janela após a Copa América, mas para jogar um torneio desses não pode só levar jogadores jovens, precisa ter jogadores mais experientes, já acostumados a jogar esse nível de torneio, sabendo a pressão que vai ser lá na Croácia, justamente para deixar esses jogadores [novos] mais à vontade, para render o máximo possível. Croácia, Alemanha e Rússia, temos que nos preocupar muito com eles”, analisou.
Independentemente do resultado na Croácia, o armador faz um balanço positivo da carreira. “No modo geral, eu sou muito feliz pelo o que o basquete me deu. Tem muito mais alegria do que coisas ruins”, concluiu.
*Crédito das fotos: Divulgação/FIBA
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