Novak Djokovic foi deportado da Austrália e impedido de disputar o Australian Open por não querer tomar a vacina contra a covid-19. Mais de uma semana se passou desde o episódio, mas o sérvio ainda é motivo de polêmica no país da Oceania.
Diretor do primeiro Grand Slam do ano e da Tennis Australia (a federação australiana de tênis), Craig Tiley disse à ABC TV no domingo, 23, que Djokovic poderia disputar o torneio em 2023, apesar de ele estar banido por três anos. A declaração de Tiley, no entanto, já recebeu resposta de Daniel Andrews, primeiro-ministro do estado de Victoria, onde está localizada Melbourne, sede do Major.
Segundo o político, o número 1 do mundo poderia participar do Australian Open apenas se concordasse em tomar a vacina.
“A minha posição é muito clara. Se quiser vir para cá, se vacine. É muito simples. [Rafael] Nadal disse bem. Tudo isso teria sido evitado se ele tivesse se vacinado. Djokovic deve se achar maior do que o Australian Open… Mas não é. É por isso que o torneio está acontecendo sem ele e é um grande sucesso”, falou Andrews.
Alfinetada
O primeiro-ministro ainda fez questão de mandar um recado ao diretor do Grand Slam: “Ao senhor Tiley e à sua equipe, desejo-lhes o melhor nesta segunda semana. Este é um grande torneio. É o maior que há no tênis no primeiro quarto do ano. Melbourne, Paris, Londres e Nova York estão ligadas por algumas coisas e uma delas é o tênis e seus Grand Slams”.
“Este evento é muito maior do que uma pessoa. Houve uma pessoa que pensou diferente e não está no nosso país. E o torneio está acontecendo, o que é fantástico”, encerrou Andrews, citando as sedes dos outros três Majors do ano, Roland Garros, Wimbledon e US Open.
Atual campeão e maior vencedor do Australian Open com nove títulos, Djokovic perdeu a chance de ampliar sua marca e se isolar em conquistas de Grand Slams. Hoje ele está empatado com Nadal e Roger Federer, com 20 troféus de Slams cada um.
Caso não se vacine, Djokovic também não poderá defender seu título em Roland Garros. No domingo, 16, o parlamento francês aprovou lei que exige o comprovante de vacinação para circulação em locais públicos, o que inclui também estádios e ginásios esportivos. A ministra do Esporte da França, Roxana Maracineanu, informou que todos os envolvidos nos eventos realizados no país – incluindo atletas – deverão estar vacinados contra a covid-19.
Mesmo com a vacinação não sendo obrigatória em seu território, a Espanha pediu para que o número 1 do mundo dê o exemplo como líder e se vacine. Djokovic tem uma casa em Marbella e costuma passar parte do seu tempo no país ibérico.
Crédito foto: Instagram/Australian Open
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