Novak Djokovic não terá a chance de conquistar o 10° troféu do Aberto da Austrália e se isolar como o tenista com maior número de títulos de Grand Slam. O número 1 do mundo perdeu o recurso após ter seu visto cancelado pela segunda vez por não ter se vacinado contra a covid-19 e será deportado do país.
A audiência na tarde deste domingo, 16, em Melbourne, madrugada no Brasil, durou mais de 5 horas. O juiz James Allsop negou o pedido do sérvio e decidiu que Djoko deverá pagar todos os custos do processo.
Ao pousar na Austrália na semana passada, Djokovic alegou que tinha uma isenção médica para entrar no país mesmo sem ter se imunizado contra o novo coronavírus. Porém, as autoridades de fronteira alegaram irregularidade na documentação, e ele ficou detido em um hotel para refugiados até audiência na segunda-feira passada. Na ocasião, o tribunal decidiu a favor do tenista.
No entanto, na sexta-feira, 14, o ministro da Imigração australiano, Alex Hawke, usou seus poderes para revogar o visto de Djokovic após grande pressão popular. A Justiça Federal da Austrália decidiu por manter a decisão de Hawke em audiência neste domingo.
Djokovic, que já se declarou contra vacinas algumas vezes, alegou que contraiu covid-19 em dezembro, o que o deixaria em condições de competir no Australian Open por ter anticorpos contra a doença. Porém, a situação do líder do ranking da ATP ficou ainda mais complicada após ele assumir que compareceu a eventos com crianças e a uma entrevista com profissionais do jornal francês L’Equipe mesmo após receber o diagnóstico positivo.
Relembre o caso de Novak Djokovic
Sem esclarecer seu status de vacinação contra a covid-19, Djokovic embarcou para a disputa do Australian Open com uma isenção médica para disputar o torneio, que exige a imunização de seus participantes.
Apesar da permissão especial, o sérvio foi barrado no desembarque no país por não apresentar evidências suficientes para obter a isenção médica, teve seu visto cancelado e precisou passar por uma audiência na segunda-feira, 10. Enquanto aguardava o desenrolar do caso, o tenista foi levado e ficou isolado no Park Hotel, em Carlton.
A primeira anulação do visto, porém, foi revogada na segunda-feira, 10, e o sérvio chegou até a treinar em solo australiano.
Em meio às polêmicas, ele usou as redes sociais na quarta-feira, 12, e admitiu o preenchimento incorreto de seu formulário de entrada na Austrália e assumiu ter participado de uma entrevista após testar positivo para a covid-19, em dezembro, quando estava na Sérvia.
Na sexta, 14, o ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, cancelou o visto do tenista pela segunda vez, alegando motivos de “saúde e ordem”. No sábado, 15, Djokovic voltou a ser detido e agora será deportado após a decisão deste domingo.
*Crédito da foto: Reprodução/Instagram/Djokovic
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