Prata da seleção feminina é a 1ª conquista solitária no vôlei em quase 30 anos

O vôlei sempre chega aos Jogos Olímpicos como esperança de medalha seja na quadra ou na areia. Em Tóquio, a seleção feminina foi a responsável por honrar a tradição e garantir o único pódio do país na modalidade com a conquista da prata. Na decisão, o time comandado pelo tricampeão olímpico José Roberto Guimarães foi derrotado pelos Estados Unidos por 3 sets a 0 (25-21, 25-20 e 25-14).

A boa campanha no Japão acontece após decepção no Rio de Janeiro. As meninas do Brasil chegaram para a competição em casa com o status de bicampeãs olímpicas e acabaram eliminadas nas quartas de final. Com isso, o pódio do vôlei feminino de quadra foi o único a não ter a bandeira do Brasil, contraponto do que aconteceu este ano.

Foi a primeira vez desde os Jogos de Barcelona em 1992 que o Brasil conquistou uma única medalha no vôlei. Na Espanha, a conquista solitária veio com ouro da seleção masculina. Naquele ano, o feminino ficou em quarto lugar após derrota para os Estados Unidos. O mesmo quarto lugar obtido pelos meninos do Brasil em Tóquio. Um gosto amargo para uma geração presente nas decisões das quatro edições anteriores (ouro em Atenas-2004 e Rio-2016, e prata em Pequim-2008 e Londres-2012). Já o histórico do vôlei feminino de quadra ainda tem o bronze em 1996 e 2000.

Na Olimpíada de 1996, o vôlei de praia entrou para o programa olímpico e fez logo uma final no feminino com Jacqueline Silva e Sandra Pires contra Adriana Samuel e Mônica Rodrigues, e sempre medalhou até este ano quando passou em branco: Agatha/Duda e Bruno/Evandro caíram nas oitavas de final, e Ana Patricia/Rebecca e Alisson/Álvaro ficaram nas quartas.

A modalidade foi garantindo mais de um pódio em todas as edições seguintes: Sidney-2000 (prata e bronze no feminino e prata no masculino), Atenas-2004 (ouro no masculino e prata no feminino), Pequim-2008 (prata e bronze no masculino), Londres-2012 (prata no masculino e bronze no feminino), e Rio-2016 (ouro no masculino e prata no feminino).

*Crédito da foto: Gaspar Nóbrega/COB