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Rogério Sampaio diz que esportes coletivos influenciam delegação menor em Lima-2019

O Brasil vai levar 485 atletas para os Jogos Pan-Americanos de Lima. Essa será a menor delegação desde Santo Domingo-2003, quando 479 esportistas brasileiros estiveram na República Dominicana. A explicação para esse encolhimento da delegação pode estar nos esportes coletivos.

Pelo menos, essa é opinião de Rogério Sampaio, campeão olímpico em Barcelona-92 e atual diretor do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). “Nós temos algumas equipes coletivas que não se classificaram, como no caso do futebol masculino. O futebol feminino, por incrível que pareça, se classificou para os Jogos Olímpicos, mas o regulamento não permitia que a mesma equipe que ganhou o Sul-Americano e classificou a Olímpiada, podia disputar o Pan-Americano, então ficamos de fora. Basquete masculino e feminino também não se classificou, mas independente disso, estamos levando um número muito grande de atletas, esperamos fazer um bom papel, ganhar um grande número de medalhas e tenho certeza que voltaremos com um excelente resultado de Lima”, declarou o ex-judoca em entrevista exclusiva ao Olimpitacos durante evento da Ajinomoto em São Paulo.

Mesmo com uma delegação menor, o objetivo do COB é se mater no top 3 do quadro de medalhas. Em Guadalajara-2011 e em Toronto-2015, o Time Brasil conquistou 141 pódios e terminou na terceira colocação.

“A meta do COB é ganhar maior número de medalhas e fazer jus as apresentações dos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015, quando foram as nossas melhores apresentações. Mesmo com a delegação menor, mesmo com alguns atletas lesionados, a gente acabou de ver aqui o Rafael Silva [fraturou o punho e está fora da competição em Lima], temos a Rebeca da ginástica, que é uma baita atleta, e teve uma lesão no joelho, mesmo com esses desfalques, nós entendemos que temos grandes atletas do Brasil em diversas modalidades e estamos indo para os Jogos Pan-Americanos entusiasmados e confiantes em uma excelente participação”, argumentou.

Sampaio garante que a não classificação de algumas modalidades coletivas para o Pan não preocupam para o planejamento para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. “Os atletas e as equipes que a gente tem expectativa de se classificar para os Jogos Olímpicos tem conseguido excelentes desempenhos nas últimas competições, a gente entende que os atletas e essas modalidades estão crescendo no momento certo. Vou dar um exemplo, que é o Darlan [Romani], que fez a melhor marca da vida dele no arremesso de peso [na etapa de Eugene da Diamond League], uma das melhores do mundo, marca de medalhista olímpico. O revezamento 4×100 foi campeão do mundo contra os melhores atletas do mundo, EUA estava com a sua equipe principal”, disse.

“Entendemos que mesmo com esses resultados expressivos precisando continuar avançando para pensar em uma medalha, um ano antes é muito tempo ainda”, completou.

Gisèle de Oliveira

Jornalista apaixonada por esportes desde sempre, foi correspondente internacional do “Diário Lance!” na Austrália, quando cobriu os preparativos para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e editora do jornal no Rio de Janeiro, trabalhou na “Gazeta Esportiva” e foi colaboradora de especiais da revista “Placar”, entre outras experiências fora do universo esportivo. Mineira de nascimento, paulistana de coração, é torcedora inabalável de Rafael Nadal, Michael Phelps, Messi e Rafaela Silva. Adora tênis, natação, judô, vôlei, hipismo e curling (sim, é verdade). Sagitariana e são-paulina teimosa, agradece por ter visto a Seleção de futebol de 82 de Telê, o São Paulo também do mestre Telê, o Barcelona de Guardiola e a Seleção de vôlei de Bernardinho em seu auge. Ah, chora em conquistas esportivas, e não apenas de brasileiros.

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