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Prata de Rebeca passou por decisão de 1 min e chance de prejuízo de R$ 1,6 mil

O que é preciso fazer para conquistar uma medalha olímpica na ginástica? A maioria vai responder imediatamente que é acertar os saltos, piruetas e demais acrobacias. No entanto, até mesmo uma decisão rápida que envolve dinheiro pode decidir o futuro de uma atleta. E foi isso que aconteceu com Rebeca Andrade na conquista da prata na disputa do individual geral nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Após passar em primeiro lugar pela disputa do salto e das barras assimétricas, a paulista teve uma nota inferior do que esperava na apresentação da trave.  A ginasta de 22 anos tinha recebido 13,566 pontos no aparelho. A comissão técnica não perdeu tempo e pediu o recurso. Após o ‘VAR’,  a nota de Rebeca pulou para 13,666 pontos. Essa alteração fez toda a diferença no final, já que a diferença entre a brasileira e a russa Angelina Melnikova, que ficou com o bronze, foi de apenas 0,099.

E foi justamente quando Francisco Porath tomou a decisão de pedir o recurso que Daiane do Santos, campeã mundial e que comentava a prova para a TV Globo, revelou uma informação desconhecida para o público fora da ginástica: é preciso pagar pelo recurso.

Quanto custa o recurso? Como funciona o ‘VAR’ da ginástica? O Olimpitacos conversou com Andrea João, ex-atleta e especialista da modalidade, para entender o procedimento que foi tão importante para Rebeca Andrade.

“O recurso é uma forma que o atleta tem de ver a sua nota alterada. Ele só é permitido para nota de dificuldade e aí o treinador tem que fazer o mais rápido possível, em até um minuto depois da nota ser divulgada”, explicou Andrea.

Após o pedido, o júri superior analisa a prova em vídeo e dá o resultado. O primeiro recurso de um país custa 500 francos suíços, aproximadamente R$ 1.676 mil na cotação atual. No entanto, caso o pedido seja aceito, a delegação é liberada do pagamento.

Se o recurso de Rebeca tivesse sido negado, a Confederação Brasileira de Ginástica teria que fazer o pagamento no momento. A verba vai para projetos da Federação Internacional de Ginástica.

*Crédito da foto: Jonne Roriz/COB

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