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Maria Sharapova vence no retorno após doping

Maria Sharapova está de volta. Nesta quarta-feira, dia 26, a russa disputou a sua primeira partida oficial desde as quartas de final do Aberto da Austrália do ano passado, quando foi derrotada por Serena Williams. Na ocasião, ela foi flagrada no exame antidoping e ficou 15 meses afastada das competições.

O retorno aconteceu no Premier de Stuttgart contra a italiana Roberta Vinci. A ansiedade atrapalhou, mas não impediu Sharapova de vencer por 2 sets a 0 (7-5 e 6-3) e se garantir nas oitavas de final do torneio que ela já conquistou em três oportunidades (2012, 2013 e 2014).

“É o melhor sentimento do mundo (voltar à quadra). Foi muito especial. Estava esperando este momento há muito tempo. Eu fiquei um bom tempo parada. Tive uma vida normal por um tempo. O que fiz nos últimos meses me ajudou a crescer como pessoa. Quando você está no momento do jogo, você tenta bloquear todas as outras coisas. Eu jogo tênis há muito tempo. Foi o que fiz hoje”, afirmou a russa de 30 anos.

Dona de cinco títulos de Grand Slam, Sharapova pôde voltar a jogar graças a um convite da organização. A WTA permite que ex-líderes do ranking recebam wildcards (convites) ilimitados. Essa medida já garantiu a russa em Madri e em Roma. Para Roland Garros, ela ainda aguarda a posição da Federação Francesa de Tênis (FFT) e dos dirigentes do Major de Paris.

A medida é polêmica e rende muito burburinho no mundo do tênis. Agnieszka Radwanska, Caroline Wozniack, Eugenie Bouchard e Roberta Vinci foram alguns dos nomes que se posicionaram contra os convites, alegando favorecimento. Por outro lado, Rafael Nadal afirmou que ela é merecedora por tudo que conquistou na carreira, além de ter cumprido sua pena.

As adversárias podem reclamar, criticar e atacar os organizadores, mas Maria Sharapova está de volta. A russa retorna em um momento em que Serena Williams, sua principal adversária, anunciou que está grávida e ficará um ano afastada do circuito.

Ao longo dos últimos anos, as duas protagonizaram o grande clássico do tênis feminino. Porém, o desequilíbrio é enorme. Em 21 duelos, a norte-americana saiu vencedora em 19 oportunidades.

Agora, Sharapova terá a chance de recomeçar. As vitórias, caso elas realmente venham, apagarão a fumaça, fazendo com que todos se lembrem do seu talento, e dos seus gritos, afinal Maria nunca fez partidas silenciosas.

Durante o tempo em que ficou afastada, Sharapova diz que aproveitou para ter uma vida normal, visitou lugares que sempre teve vontade, se distraiu… enfim, se jogou. Porém, nos últimos meses, ela focou e garante que está de volta para brigar por títulos. O final dessa história só o tempo irá dizer.

Gisèle de Oliveira

Jornalista apaixonada por esportes desde sempre, foi correspondente internacional do “Diário Lance!” na Austrália, quando cobriu os preparativos para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e editora do jornal no Rio de Janeiro, trabalhou na “Gazeta Esportiva” e foi colaboradora de especiais da revista “Placar”, entre outras experiências fora do universo esportivo. Mineira de nascimento, paulistana de coração, é torcedora inabalável de Rafael Nadal, Michael Phelps, Messi e Rafaela Silva. Adora tênis, natação, judô, vôlei, hipismo e curling (sim, é verdade). Sagitariana e são-paulina teimosa, agradece por ter visto a Seleção de futebol de 82 de Telê, o São Paulo também do mestre Telê, o Barcelona de Guardiola e a Seleção de vôlei de Bernardinho em seu auge. Ah, chora em conquistas esportivas, e não apenas de brasileiros.

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