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Kvitova supera facada, cirurgia e mononucleose e volta à final de Grand Slam após cinco anos

A história de Petra Kvitova é daquelas que renderia um belo roteiro de Hollywood. Antes de chegar até a final do Aberto da Austrália deste ano, sua primeira decisão de Slam em cinco anos, a tcheca teve que superar uma mononucleose, uma facada na mão esquerda após assalto a sua casa, o que rendeu várias cirurgias.

“Chegar na final significa tudo para mim. Se passaram cinco anos, como todos sabem, é por coisas assim que trabalhei tão duro todos esses anos, para chegar nas finais dos torneios. Se for possível, dos grandes torneios”, explicou após derrotar a norte-americana Danielle Collins na semifinal.

“Muita gente acreditou que eu poderia fazer isso mais uma vez, entrar em quadra e apresentar este nível novamente. Finalmente consegui neste evento, então estou certa que aproveitarei esta final o máximo que puder. Aconteça o que acontecer, estou muito feliz”, completou. Na decisão de sábado, ela encara a japonesa Naomi Osaka.

Kvitova chamou a atenção do mundo do tênis em 2010, quando tinha 20 anos e chegou até a semifinal de Wimbledon. No ano seguinte, ela se tornou campeã na grama sagrada. Ela repeteria o título na temporada de 2014.

O ano seguinte ao bicampeonato em Wimbledon marcou o primeiro período da tcheca afastada do circuito. Ela foi diagnosticada com mononucleose e perdeu alguns torneios, mas ainda acabou a temporada com três taças de WTA.

Em 2016, Kvitova rompeu a parceria de sete anos com o técnico David Kotyza após cair na segunda rodada em Melbourne. No final do ano, a tenista acabou esfaqueada durante um assalto a sua casa em Projestov, na República Tcheca.

A tcheca precisou passar por algumas cirurgias e teve que passar por um longo período de recuperação. “Para ser sincera, ainda não caiu a ficha de que estou na final. Sequer imaginei que seria capaz de voltar a jogar tênis. Mentalmente foi muito difícil, não era um bom momento para lidar com tudo aquilo. Demorei muito tempo para crer em mim novamente, me cercar das pessoas adequadas, não estava muito segura. Foram muitas horas de trabalho com a mão, recuperação, tratamentos, não sei se outra pessoa teria passado por tudo isso. Precisava que minha mão estivesse bem, não só em quadra, mas também na vida normal. Definitivamente foi uma longa viagem”, resumiu.

Gisèle de Oliveira

Jornalista apaixonada por esportes desde sempre, foi correspondente internacional do “Diário Lance!” na Austrália, quando cobriu os preparativos para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e editora do jornal no Rio de Janeiro, trabalhou na “Gazeta Esportiva” e foi colaboradora de especiais da revista “Placar”, entre outras experiências fora do universo esportivo. Mineira de nascimento, paulistana de coração, é torcedora inabalável de Rafael Nadal, Michael Phelps, Messi e Rafaela Silva. Adora tênis, natação, judô, vôlei, hipismo e curling (sim, é verdade). Sagitariana e são-paulina teimosa, agradece por ter visto a Seleção de futebol de 82 de Telê, o São Paulo também do mestre Telê, o Barcelona de Guardiola e a Seleção de vôlei de Bernardinho em seu auge. Ah, chora em conquistas esportivas, e não apenas de brasileiros.

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