Janeth dos Santos Arcain foi anunciada para o Hall da Fama Fiba (Federação Internacional de Basqueta) de 2019. A conquista é enorme, mas parece que muita gente não entendeu o tamanho do reconhecimento, assim como a própria importância da medalhista olímpica para o basquete brasileiro.
Dona de uma prata em Atlanta-1996 e um bronze em Sydney-2000, Janeth pode não ter o reconhecimento de Hortência e Magic Paula, mas merece estar no mesmo patamar que as duas.
Particularmente, lembro muito pouco de Hortência e Paula, a maioria das lembranças são formadas por vídeos antigos no Youtube, já a relação com Janeth é completamente diferente. Lembro muito da campanha na Austrália, do seu espírito de liderança e talento para definir nos momentos decisivos. Ela foi dona dos últimos suspiros vitoriosos da seleção brasileira feminina de basquete.
No Twitter, o perfil Na Era do Garrafão relembrou alguns feitos de Janeth, como o fato de ser a primeira sul-americana a jogar e ser all star na WNBA.
E você sabia como Janeth passou a atuar como armadora? Ela estava irritada por ser banco no Houston Comets, nos Estados Unidos, e mudou o seu jogo para ter mais tempo em quadra, provando todo o seu talento e capacidade de adaptação na principal liga do mundo.
Veja outras curiosidades sobre Janeth:
Janeth é a atleta com mais títulos por clubes brasileiros. São 10 brasileiros, 4 sul-americanos, 6 jogos abertos e 5 estaduais atuando em clubes como Sorocaba, Santo André e São Paulo. E a lista de títulos não para por aí. pic.twitter.com/chFHj7EXx8
— Na Era do Garrafão (@naeradogarrafao) March 26, 2019
Na WNBA, Janeth foi a primeira sul-americana a jogar, primeira a ser all star, única da América do Sul a ganhar um prêmio individual (jogadora que mais evoluiu em 2001) e a única não-americana tetracampeã da liga, pelo extinto Houston Comets. pic.twitter.com/o35PtRcYbw
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Pela seleção, Janeth é uma das duas únicas atletas a estar nos 4 principais feitos de sua geração.
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Ouro no Pan-Americano de 91
Ouro no Mundial de 94
Prata nas Olimpíadas de 96
Bronze nas Olimpíadas de 2000 pic.twitter.com/LwgX01NJwS
No mundial de 94, um dos maiores títulos do esporte brasileiro, Janeth foi crucial. Foi a melhor ala/armadora do torneio, com destaque para os jogos contra Cuba e Espanha, onde explodiu e se revelou ao mundo. Não haveria ouro sem a jogadora. pic.twitter.com/ANm01iUufq
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Uma de suas maiores qualidades era o espírito “clutch”, a capacidade de fazer cestas e lances-livres decisivos em grandes momentos de pressão. Esse game winner pelo Comets era o tipo de movimento que a jogadora dominava. Acertou muitos como esse. pic.twitter.com/o6BRveTmyE
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Em 2004, se tornou a maior pontuadora da história do basquete feminino em jogos olímpicos. Foi superada apenas em 2012, pela australiana igualmente fenomenal e rival de longa data Lauren Jackson. pic.twitter.com/DSiFEpzaNx
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Se aposentou em 2007, com o prata nos jogos Pan-Americanos. Não foi o final feliz que ela merecia. Mas seu legado segue sendo apreciado é reverenciado.
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Vida longa à Janeth Arcain! pic.twitter.com/WgAgETveOP
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