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Campeão do Rio Open perdeu os pais para o câncer e quer virar exemplo

Laslo Djere chegou ao Rio de Janeiro desacreditado para a disputa do Rio Open. O sérvio teria pela frente nada menos do que o austríaco Dominic Thiem, número 8 do mundo, logo na primeira rodada. Ele venceu não só na estreia como os duelos seguintes e conquistou o título do ATP 500.

Porém, o público presente no Jockey Club Brasileiro ainda não conhecia toda a história do tenista de 23 anos, que emocionou ao revelar no discurso de campeão que perdeu a mãe e o pai, ambos vítimas de câncer.

“Quero dedicar este troféu aos meus pais. Eu perdi minha mãe sete anos atrás, então quero dedicar este a ela. E também ao meu pai. Eu perdi ele dois meses atrás. Meus pais tiveram um enorme impacto sobre mim e por causa deles eu ganhei hoje, então quero agradecer a eles e espero que eles estejam me olhando agora”, declarou.

“A vida continua, não importa o que aconteça. O tempo está passando para mim também, então só quero, enquanto estiver aqui [vivo], fazer as coisas certas e dar meu melhor na quadra e na vida. Continuar a viver, tendo o maior sucesso e a maior alegria que puder”, completou.

Djere ainda aproveitou para dizer que espera que sua história de vida inspire outras pessoas, que todos possam perceber que podem chegar onde quiserem, independentemente dos obstáculos.

“Às vezes, quando eu pensava sobre coisas muito difíceis de alcançar e pareciam impossíveis, eu olhava para alguém que tinha conseguido. Neste caso, eu não conheço muitos tenistas que passaram por isso [mortes dos pais], então quero ser esse cara que inspira os outros e mostra que ainda é possível. Não importa o que aconteça, você pode ter sucesso e ser grande no que faz, mesmo quando nem tudo na sua vida pessoal vai bem”, declarou.

Gisèle de Oliveira

Jornalista apaixonada por esportes desde sempre, foi correspondente internacional do “Diário Lance!” na Austrália, quando cobriu os preparativos para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e editora do jornal no Rio de Janeiro, trabalhou na “Gazeta Esportiva” e foi colaboradora de especiais da revista “Placar”, entre outras experiências fora do universo esportivo. Mineira de nascimento, paulistana de coração, é torcedora inabalável de Rafael Nadal, Michael Phelps, Messi e Rafaela Silva. Adora tênis, natação, judô, vôlei, hipismo e curling (sim, é verdade). Sagitariana e são-paulina teimosa, agradece por ter visto a Seleção de futebol de 82 de Telê, o São Paulo também do mestre Telê, o Barcelona de Guardiola e a Seleção de vôlei de Bernardinho em seu auge. Ah, chora em conquistas esportivas, e não apenas de brasileiros.

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