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Bronze de Fratus teve isolamento, mulher treinadora e investimento de R$ 41 mil em passagem

Bruno Fratus conseguiu realizar o seu grande sonho e conquistou uma medalha olímpica em sua terceira tentativa. Na noite desta sexta-feira no Brasil, manhã de sábado no Japão, o brasileiro de 32 anos ficou com a medalha de bronze nos 50m livres com o tempo de 21s57. O norte-americano Caeleb Dressel foi ouro com direito a quebra do recorde olímpico de Cesar Cielo ao anotar 21s07. O francês Florent Manaudou, campeão olímpico da prova em Londres-2012, terminou no segundo lugar.

Após tocar na chegada e ver o seu nome no terceiro lugar, o brasileiro deu um grito. Foi o som de alguém que comemorava um objetivo conquistado depois de bater na trave com o quarto lugar em Londres-2012 e a sexta colocação na Rio-2016. Depois de sair da piscina, Fratus beijou e fez carinho no bloco de número três. Na hora da pódio, mais carinho para o tão sonhado lugar.

Depois de receber a medalha, o brasileiro quebrou o protocolo e foi beijar Michelle Lenhardt, mulher e treinadora. Essa união de vida pessoal e profissional foi uma das mudanças do ciclo para Tóquio.

“Tô sem dormir direito há uma semana, tô muito ansioso. Antes da prova, a Michelle disse: ‘Eu te amo, vai ser feliz. E se não der certo, eu vou continuar te amando e nós vamos ser felizes’. Eu fiquei pensando nisso o tempo todo na prova”, disse Fratus em entrevista para TV Globo logo após a conquista.

Outra mudança foi na relação com as redes sociais. Ele apagou todos os perfis, deixando apenas o Instagram por questões comerciais. “Você começa a entrar em um estado mental e algumas coisas começam parecer fútil. Tudo o que você quer saber é trabalho, é resultado”, explicou antes da Olimpíada.

O sonho de ser medalhista olímpico fez Fratus não economizar. De acordo com Alex Pussieldi, especialista em natação, o brasileiro recusou a passagem em classe econômica e bancou um lugar na primeira classe por US$ 8 mil, aproximadamente R$ 41 mil.

“Uma informação exclusiva: O COB pagou apenas passagem econômica para todos os atletas viajarem para Tóquio. Bruno Fratus pagou do seu bolso (8 mil dólares) para viajar de primeira classe e tentar sua medalha olímpica. Quando perguntei a ele sobre isso, a resposta: INVESTIMENTO!”, contou Pussieldi em sua conta no Twitter.

*Crédito das fotos: Jonne Roriz/COB

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